dor cronica
Bursite Trocantérica: O que é, causas, sintomas e tratamentos
O trocanter é uma estrutura que faz parte da peça óssea do fêmur, ou seja, não se trata de um osso independente, mas uma protuberância na extremidade do fêmur, localizada próximo do quadril.
A anatomia do quadril é bastante complexa, assim como sua mecânica, que envolve diversas direções de movimento e diversas rotações, por se tratar de um sistema complexo, faz-se necessário compreender melhor sobre as estruturas envolvidas.
O quadril é composto, basicamente, pelos músculos glúteos e músculo piriforme, ligamentos, estruturas ósseas – inclusive o trocanter – e bursas. São encontradas no quadril cerca de 3 a 4 bursas, a saber: iliopectínea, isquioglútea e a trocantérica, esta última é a bursa localizada na superfície do trocanter maior.
As bursas trocantéricas são as estruturas que receberão maior foco neste artigo, uma vez que a bursite trocantérica se relaciona diretamente com tal estrutura. Além disso, o presente artigo buscar-se-á introduzir a respeito das causas, dos sintomas e os tratamentos para esta afecção.
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O que é bursite trocantérica?
Bursas são bolsas que contém líquido gelatinoso no seu interior, se localizam entre os tendões e os ossos e têm como função a redução de atrito causado pela movimentação e locomoção, isto é, funciona como amortecedor. O fluído contido nas bursas são responsáveis pela lubrificação, facilitando assim o deslizamento entre as estruturas relacionadas com o movimento, neste caso, da região do quadril.
As bursas trocantéricas, por sua vez, são encontradas na região do quadril, mais especificamente abaixo do trocanter. Vale lembrar que o trocanter é uma proeminência no topo do fêmur, o qual se encaixa na bacia. Sabendo disso, é possível compreender do que se trata a bursite trocantérica, consiste na inflamação da bursa trocantérica devido a algum fator causal.
Acomete mais às mulheres que se encontram entre as idades de 30 a 50 anos e aos atletas, principalmente os corredores.
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Causas da bursite trocantérica
A etiopatologia da bursite trocantérica envolve fatores externos e fatores de risco. Dentre os fatores externos que contribuem com a inflamação estão os microtraumas ocasionados devido a uma repetição de impacto, podendo ser devido ao uso excessivo dos músculos do quadril que se relacionam com a região do trocanter.
O uso excessivo destes músculos sobrecarrega a biodinâmica, alterando assim a mecânica do grupo musculoesquelético do quadril, esta alteração causa também a alteração do funcionamento das bursas, produzindo mais fluido e, portanto, chegando ao processo inflamatório.
O esforço ou estresse repetitivo, também chamado no termo inglês de “overuse”, acontece na subida de escadas com muita frequência, durante corridas, durante caminhadas longas e frequentes, ao pedalar com periodicidade curta ou mesmo ao permanecer em pé por tempo muito prolongado.
Porém, vale ressaltar que estas atividades citadas acima para se tornarem fatores causais da síndrome, dependerá da frequência, constância e da maneira como são realizadas.
Outro fator que pode desenvolver a bursite trocantérica são as lesões causadas por um evento traumático, isto é, quedas, pancadas, acidentes, etc. No entanto, a maioria dos pacientes não se recorda de nenhum evento que possa estar relacionado à agravante.
Estas lesões não são comumente recordadas, pois podem acontecer durante o dia-a-dia, por exemplo, bater o quadril na porta, na mesa, na porta do carro, deitar sobre um lado apenas por tempo prolongado.
Os fatores de risco envolvidos com a síndrome incluem o histórico de doenças musculoesqueléticas, como artrite, patologias na coluna, discrepância do tamanho das pernas, doenças reumatológicas, osteoartrose, entre outras.
Além das doenças supracitadas, também se relacionam como fatores de risco, a presença de patologias de cunho psicológico ou emocional, como fibriomialgia e obesidade.
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Sintomas da bursite trocantérica
O principal sinal do quadro clínico da bursite trocantérica é a dor na lateral do quadril, facilmente indicada com a ponta do dedo pelo paciente, a dor pode irradiar para a coxa e panturrilha, devido à alteração no modo de movimentar-se, forçando assim o músculo da coxa e panturrilha, esta dor secundária é, portanto, um reflexo adaptativo que passa a ser considerado um sintoma da própria síndrome.
A dor pode ser intensificada durante a noite e quando o paciente permanece por muito tempo na mesma posição ou em pé. A bursite trocantérica pode afetar o sono, não como um sintoma específico, mas sim como uma consequência da dificuldade em encontrar posição agradável para dormir devido à dor.
Para fins diagnósticos, o médico avalia os sintomas relatados pelo paciente, bem como o histórico de doenças relacionadas, de eventos antecessores, além disso, o médico realiza exame clínico apalpando a região do quadril, estando o paciente deitado com a lateral afetada voltada para o médico.
Exames complementares podem ser necessários para a investigação de lesões mais graves ou patologias em outras estruturas. Nestes casos são realizados exames laboratoriais e de imagem, como radiografia, tomografia ou ressonância magnética.
Uma vez concluídos os exames e o diagnóstico sendo instituído como de bursite trocantérica, é preciso iniciar o tratamento.
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Tratamento da bursite trocantérica
Nem toda intervenção terapêutica de bursite trocantérica envolve procedimentos cirúrgicos, na verdade, muitos pacientes percebem melhora relevante apenas com algumas mudanças de hábitos e adoção de medidas, veja a lista abaixo que contém algumas atitudes simples que auxiliam na melhora do quadro clínico do paciente acometido:
-Evitar atividades com potencial de piora dos sintomas: como caminhar, correr, subir escadas, permanecer em pé;
-Utilização de um apoio: bengalas, muletas ou quaisquer formas de apoio auxiliam evitando a sobrecarga da outra perna;
-Evitar cruzar as pernas: enquanto a bursa está inflamada, é preciso evitar cruzar as pernas, pois esta posição pode friccionar tal estrutura contra o trocanter, o que ocorre é que a bursa possui nervos no seu interior, por isso quando inflamada ao ser pressionada causa dor e incômodo;
-Perder peso: a obesidade ou o excesso de peso em relação à força que a pessoa tem para sustentar a si mesma influencia na piora dos sintomas, por isso, é importante mudar os hábitos em relação à alimentação, sedentarismo e fatores estressantes;
-Repouso na fase aguda: durante o período em que a inflamação da bursa trocantérica ainda não está totalmente resolvida, é preciso manter-se em repouso;
-Compressa de gelo: realizar compressas de gel gelado ou mesmo com cubos de gelo auxilia no alívio da dor. É recomendado proceder três vezes ao dia, aplicando na região acometida durante cerca de quinze minutos, mantendo cautela para não lesionar a pele.
Além destas medidas iniciais, o tratamento da bursite trocantérica inclui a administração de anti-inflamatório oral durante aproximadamente um mês e meio a dois meses, este tempo de administração deverá ser definido de acordo com fatores como idade, resposta ao tratamento, presença de fatores de risco, etc.
Se o tratamento oral não apresentar respostas esperadas, indica-se a alteração do tratamento, podendo passar a administrar via injetável local de corticóide e substância anestésica, por exemplo, a lidocaína. Esta intervenção costuma apresentar resultados com baixa reincidência e sem complicações recorrentes, salvo alguns efeitos colaterais, como abscessos, lesões nervosas, atrofia cutânea e inflamações por macrófagos.
Somente em casos que não responderam bem nem ao tratamento via oral, tampouco ao tratamento de infiltração, recorre-se à intervenção cirúrgica. Esta intervenção pode ser através da bursectomia, que consiste na incisão lateral para a retirada da bursa problemática, ou através da artroscopia, que é menos invasiva, realizando apenas duas microincisões endoscópicas. A artroscopia causa menos efeitos adversos e sua recuperação é mais rápida e confortável, porém, em alguns casos pode ser necessário realizar a incisão aberta.
Além dos tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos, faz-se necessário o tratamento de recuperação, isto é, a fisioterapia, pois esta terapêutica proporciona reabilitação, alongamento, fortalecimento das estruturas do quadril, correção da dinâmica do movimento, utilização de temperatura para tratamento, enfim, a fisioterapia contribui tanto para a recuperação como também com a prevenção de reincidência.
O retorno às atividades normais do dia-a-dia deve ser gradual e orientado pelo médico, assim como o retorno aos treinos desportivos nos casos de atletas e ao exercício físico, que é de suma importância para a preservação da saúde, inclusive do bom funcionamento da biodinâmica do quadril, porém, toda atividade física deve ser orientada por profissional capacitado, sobretudo em caso de paciente pós cirúrgico e com histórico de bursite trocantérica.
Conclusão
O funcionamento do corpo humano depende do funcionamento equilibrado de todos seus sistemas, assim, um fator que entra em desequilíbrio, afeta diferentes estruturas, resultando em uma queda na qualidade de vida, incômodo, dores. É o caso da bursite trocantérica, quando há excesso ou repetição motora, ou o excesso de peso, ou mesmo o sedentarismo que enfraquece as estruturas que sustentam o quadril, as bursas respondem com a inflamação.
Dessa forma, pode-se entender a bursite trocantérica como um problema resultante de diversos fatores de risco que denotam falhas, bem como fatores causais, que seriam as lesões, traumas, impactos, uso repetitivo ou excessivo.
Portanto, é preciso que além do tratamento direto ao problema instalado, ou seja, administração medicamentosa, por infiltração ou cirúrgica e realização de fisioterapia, haja também a manutenção e a prevenção da saúde como um todo, pois até mesmo o excesso de atividade física pode ser prejudicial.
Cuidando de suas costas no trabalho
Parece até bobagem, mas você precisa cuidar das suas costas, não importa se você trabalha sentado o tempo todo, ou em pé o tempo todo ou carregando peso. Você precisa prestar atenção nas suas costas para não correr o risco de causar lesões ou dores nessa área que é tão frágil. Para você não ficar sem saber o que fazer e como cuidar da saúde das suas costas vamos te ajudar.
Para começar você precisa saber que suas costas podem ter dores por diversos motivos, sabe aquela dorzinha que aparece no final do dia depois de ter levantado muito peso? Essa é uma dor bem simples que passa com um dia ou no máximo dois. Mas existem algumas dores que aparecem e incomodam muito e demoram para ir embora.
E o que pode ser dores nas costas? Pode ser muita coisa, pode ser apenas um incomodo que você sentiu como já falamos por ter sobrecarregado muito em um dia de trabalho, mas pode ser diversas doenças como:
- Lombalgia aguda;
- Lombalgia crônica;
- Cansaço;
- Hérnia de disco;
- Lesão;
- Acidentes ou traumas;
- Excesso de peso;
- Osteoporose;
- Envelhecimento da coluna e outros.
É sempre bom ficar atento no seu corpo e nas dores que aparecem, você precisa cuidar e prevenir para que nenhum dos problemas citados aparecam. Por isso a primeira coisa que você deve fazer é se exercitar, se você se exercita já corre menos risco de ter qualquer um desses problemas.
Quando você faz exercício físico a musculatura fica mais forte e com isso você corre menos risco de cair, sofrer fraturas, acidentes e outros problemas, além disso a musculatura ajuda a proteger outras áreas da coluna. Se você não tem costume de fazer exercício físico comece a procurar formas de se exercitar, você não precisa frequentar uma academia, você pode fazer aulas de dança, pilates, artes marciais, natação, corrida ou outros exercícios.
Protegendo a coluna
No seu trabalho você precisa cuidar da coluna, vamos citar aqui três tipos de trabalho que podem afetar bastante a coluna, são estilos de trabalho que podem prejudicar sua coluna se você não ficar atento. Esses estilos de trabalho são os que você fica muito tempo sentado, o trabalho que você só fica em pé, principalmente se fica de salto e o que carrega peso.
Se você está dentro de algum desses estilos acompanhe e aprenda como cuidar de suas costas e prevenir dores.
Trabalho muito tempo sentado
A pessoa que trabalha muito tempo sentada pode desenvolver a má postura, ela acaba cansando de ficar sentada e acaba mudando de posição e essas posições muitas vezes são desfavoráveis. Quando você fica muito tempo sentado e ainda não faz exercício físico a musculatura da região lombar fica relaxada demais e enfraquecida, isso aumenta ainda mais a pressão na coluna e ocasiona dor.
É importante alterar a posição durante o dia e mexer com mais frequência, mas é muito importante prestar atenção na sua postura. Uma dica legal é controlar o tempo que você passa sentado, coloque um alarme no celular para avisá-lo que está no momento de levantar um pouco. Durante esse tempo vá beber água, ande um pouco, saia do lugar, você pode realizar movimentos para sua coluna.
Você pode levantar e ir até a mesa do seu colega ao invés de ligar, essas pequenas mudanças já ajudaram muito. São formas simples e fáceis de executar que não requer nada, mas existem outras opções como mudar a cadeira que você senta se houver essa possibilidade, fazer paradas maiores, ou até mesmo parar um tempo para se alongar. Pode ter certeza que essas pequenas atitudes farão uma enorme diferença e seu corpo irá agradecer.
Trabalho muito tempo em pé
Muitas pessoas trabalham o tempo todo em pé, pessoas que trabalham em fábricas, as que trabalham em lojas, nesses casos é importante também vigiar sua posição e descansar um pouco, pois ficar muito tempo em pé causa dor na coluna. A primeira coisa que deve fazer se você trabalha muito tempo em pé é escolher o calçado correto, não use um calçado que aperta o pé ou te deixa desconfortável e muito menos um com salto muito alto.
Você pode até achar o calçado confortável e o mais indicado veio, mas cuidar da saúde das costas é mais importante que isso, você vai estar prevenindo muitas dores. Outra coisa que deve fazer é descansar, veja se existe a possibilidade de sentar um pouco e até andar se você fica em pé e parado.
Essas atitudes são simples mas vão ajudar demais a sua coluna. Outro ponto muito importante para as pessoas que trabalham em pé é vigiar o peso, como já falamos anteriormente, o excesso de peso causa dor das costas. Se você tem excesso de peso e ainda trabalha em pé a chance de aparecer dores nas costas é muito grande, por isso fique atento e vigie seu peso.
Se você está com dificuldade para emagrecer entre em contato com um nutricionista e peça uma dieta balanceada, você pode mudar sua alimentação e reeducar para não correr o risco de ter dores. É sempre melhor remediar as dores do que passar por elas, além disso o excesso de peso ou obesidade pode trazer outras consequências até piores. As pessoas obesas têm mais chance de ter doenças cardíacas e diabetes, por exemplo. Fique de olho na sua saúde, não só das costas, mas do corpo inteiro.
Trabalhando e carregando peso
As pessoas que trabalham carregando peso diariamente precisam ficar atentos na sua postura e na quantidade de peso que carregam, nunca é bom carregar mais do que pode aguentar. Essa atitude pode parecer boba agora que você está mais novo, mas depois e com a idade essa sobrecarga nas costas pode ser um dos fatores para as dores e doenças.
Para você ter uma ideia o ser humano pode carregar até 10% do seu peso, isso parece pouco, mas é o indicado. Se você sobrecarrega demais, o risco de desenvolver uma dor é muito grande, e devemos alertar que até as pessoas que não trabalham carregando peso, mas que tem bolsas e mochilas muito pesadas, correr esse risco.
Agora imagina quem trabalha o tempo todo carregando e descarregando um caminhão cheio de produtos e caixas pesadas. O ideal é distribuir o peso, se você pode e consegue distribuir o peso das coisas que carrega é um bom passo. Você também precisa parar um pouco para descansar e fazer alongamentos e o mais importante, não sobrecarregar, carregue apenas o que você consegue.
Essas são só algumas dicas para você que se encaixa em um desses trabalhos. Se você já está sentindo alguma dor nas costas devido ao estilo de trabalho que leva é importante procurar um médico para tratar a dor ou até pedir um afastamento por alguns dias até você melhorar.
A coluna não é brinquedo e se você sente dor é importante ficar de olho para não deixar piorar o problema. Mas se não sente nenhuma dor ou incomodo e trabalha nesse estilo, é interessante começar a mudar os hábitos e usar as dicas que demos.
Lembre-se também de compartilhar as dicas com os colegas de trabalho, quem sabe vocês não se ajudam e conversam com o chefe para criar um tempo de descanso, um horário para alongamento e uma quantidade de quilos que vocês podem carregar.
O que é osteoartrose?
A osteoartrose também é conhecida como osteoartrite ou artrose, ela é uma doença que ataca as articulações e favorece o desgaste da cartilagem, muitas vezes ela causa dor e inchaço. Essa doença pode afetar uma articulação ou mais, as mais afetadas são as do joelho, conhecidas como gonartrose, do quadril, chamada de coxartrose e dos dedos chamada de poliartrose digital.
Esses lugares citados são os mais comuns, mas a osteoartrose também aparece nos pés, mãos, punhos, ombros, cotovelos e outros. Por isso é importante ficar atento, principalmente se você tem tendência ou características que facilitam o desenvolvimento. Mas que características são essas e como vou saber se tenho tendência? Nós já vamos explicar.
Antes de contar as causas e mostrar quais pessoas tem mais tendência a desenvolver a doença vamos entender um pouco de cartilagem. Com certeza você já ouviu falar sobre ela e já estudou na época de escola, ela é um tecido mais rígido que possui uma cicatrização lenta. Ela é branca ou acinzentada e se adere às superfícies articulares dos ossos.
Sabe a ponta do seu nariz e sua orelha? Elas são mais macias, isso não é osso e sim cartilagem. A cartilagem serve para proteger, dar forma e sustentação para algumas partes do corpo e também serve para prevenir o atrito entre os ossos. Quando a osteoartrose aparece ela desgasta a cartilagem e essa cartilagem deixa de prevenir o atrito entre os ossos. Agora ficou fácil de entender como acontece não é? Vamos então ver o que pode causar esse problema.
Causas
Essa doença pode estar relacionada a várias coisas como sexo, densidade óssea, genética, fatores nutricionais e metabólicos, entre outras coisas. Algumas pessoas têm fatores de risco ou tendência como já falamos, o risco aumenta em algumas situações, veja:
- Na idade avança: com o passar dos anos o risco de artrose aumenta, isso porque o desgaste já é natural;
- Pessoas que já têm desalinhamento das articulações: o desalinhamento causa o aumento do impacto e do processo degenerativo;
- Sexo: as mulheres têm mais propensão a desenvolver artrose, mas o motivo ainda não está claro;
- Deformidades ósseas: algumas pessoas têm deformidade óssea, elas já nascem com articulações malformadas ou defeituosa, isso aumenta muito o risco de osteoartrite;
- Excesso de carga: o excesso pode ser o sobrepeso ou o aumento de atividade física sem acompanhamento adequado;
- Profissões de risco: algumas profissões são de risco e ajudam a desenvolver a artrose, as profissões que exigem muito esforço repetido pode desgastar a articulação e desenvolver a osteoartrite;
- Lesões: as lesões nas articulações como ferimentos causados pela prática de esportes, acidentes e outros aumentam o risco de ter a doença;
- Pé diferente: já falamos aqui de alguns problemas que aparecem no pé como esporão de calcâneo e a tendinite do calcâneo. O pé plano ou cavo demais causa um desalinhamento e desgaste articular e com a idade esse problema pode ir piorando;
- Fraqueza muscular: a pessoa que tem a musculatura fraca não consegue proteger a articulação, por causa disso ela fica mais vulnerável a doença;
- Cirurgias: sim, alguns procedimentos cirúrgicos podem deixar a articulação mais instável. São cirurgias como a reconstrução ligamentar e a retirada de meniscos;
- Doenças: por último não podíamos deixar de citar as doenças, algumas favorecem o aparecimento da artrose como o hipotireoidismo, diabetes, doença de Paget, gota e outros.
As causas podem ser muitas e você deve ficar atento se tem alguma relação com as causas citadas aqui. As mulheres então, devem ficar mais atentas ainda, pois além das causas citadas, só de ser mulher a tendência já está sobre ela. Mas não se apavore, pois a artrose causa dor, mas existe tratamento.
A osteoartrite é classificada em dois tipos, primária e secundária. A primária acontece por causa do uso excessivo da articulação, independente do lugar, pode ser joelho, pés, dedos ou outros. O uso repetitivo das articulações ao longo dos anos causa dano à cartilagem, isso causa dor e inchaço. Essa artrose primária é genética e pode ser encontrada em várias pessoas da mesma família, sendo uma doença hereditária.
No caso da artrose secundária existem as causas que levam a ela como obesidade, traumas, cirurgias e doenças. A artrose secundária é uma consequência de alguma ação, doença ou condição, não tem relação com hereditariedade.
O que vou sentir
Já foi dito que a artrose causa muitas vezes dor e inchaço, mas não é só isso, esses são os sintomas mais comuns e geralmente pioram no final do dia. Mas a pessoa que ter artrose também vai sentir calor, limitação dos movimentos, rangidos, rigidez articular quando a pessoa fica muito tempo na mesma posição, entre outros.
A intensidade desses sintomas e até da dor vai variar muito de acordo com o local e também com o paciente. Alguns sentem tanta dor que ficam debilitados, outros podem ter poucas dores e conseguir fazer as tarefas diárias normalmente. Muitas vezes as pessoas têm osteoartrose, principalmente nas mãos e joelhos, e passam anos sem apresentar nenhum sintoma.
Quando a osteoartrite é na coluna vertebral os sintomas são dores no dorso, pescoço e região lombar. Se houver formação de bico de papagaio ao longo da espinha a pessoa pode sentir dor na área, dormência e formigamento nos membros superiores ou inferiores, dependendo da localização. No caso dos dedos das mãos a artrose provoca formação de nódulos duros e causa deformação.
Se você observar qualquer um desses sintomas e perceber que tem predisposição para ter a doença não deixe de procurar um médico. Pode não ser nada, mas é melhor prevenir. Você não pode se auto medicar nem ficar deixando para depois, quanto antes você descobrir a doença melhor é. Por isso procure seu médico e peça uma avaliação no local ou locais que esta sentindo dores ou outros sintomas, talvez o problema não é osteoartrose, mas é outro.
É indicado procurar um médico sempre que observar algo errado com o corpo, claro que você não precisa sair correndo assim que ver, mas é bom observar e se o sintoma persistir vá ao médico.
Tratamento
Assim que você procurar o médico ele fará alguns exames, o primeiro exame é o físico, ele irá examinar a articulação afetada, vendo a sensibilidade, vermelhidão e inchaço. Também vai observar o movimento da articulação e pode pedir exames de imagem e de laboratório. Esse exame de imagem pode ser raioX e ressonância magnética, no caso do exame de laboratório seu médico pode pedir exame de sangue ou análise do líquido articular.
Assim que descobrir o real problema o médico passa para o tratamento, se você está com artrose o tratamento vai depender do local, mas você pode fazer:
- Tratamento com medicamentos para tratar a dor e reconstruir a cartilagem;
- Tratamento físico como: fisioterapia, osteopatia e ergoterapia;
- Operação para colocamento de prótese;
- E precisar de auxílio ortopédico.
O tratamento vai depender do seu caso, é importante conversas bastante com o médico para entender muito bem o tratamento. Se para resolver o seu problema é só uma operação, esteja seguro de que isso é realmente preciso, se você não conhece muito bem o médico é interessante pedir uma outra opinião.
Geralmente os médicos só indicam uma cirurgia em casos mais graves que o medicamento ou a o tratamento físico não vai adiantar, mesmo assim é bom você conhecer bem o trabalho do médico. Ninguém quer passar por uma cirurgia sem precisar.
Se você tem predisposição para a doença, mas ainda não sentiu nenhum sintoma está na hora de começar a prevenir, pois existem formas de prevenir. A primeira coisa que deve começar a fazer é exercícios, mas faça exercícios com acompanhamento do profissional. Se você não quer ir para a academia, pode fazer em casa mesmo, mas tome muito cuidado com os movimentos que faz.
É interessante fazer pelo menos um alongamento de 15 minutos todos os dias, dessa forma você vai se exercitar e não vai exigir demais do corpo e correr o risco de causar um trauma. É importante também descansar, algumas pessoas trabalham o tempo todo e exigem muito do corpo, e só conseguem sentar um pouco ou deitar bem tarde. O sono é fundamental para controlar seu organismo.
O controle do peso também é muito importante, você precisa manter um peso adequado que não prejudique os joelhos e outras articulações. A sobrecarga pode acelerar o processo de degeneração.
Com essas mudanças você já vai ver uma diferença no seu corpo e provavelmente vai retardar o aparecimento da artrose. Fique ligado aqui pois tem sempre dicas legais e informações pertinentes.
Nova pesquisa: acupuntura alivia dores na lombar
Quase 80% das pessoas irão sofrer de dores na lombar em algum ponto da vida, e dor nas costas é o motivo número um para procurar a acupuntura, de acordo com WebMD. A acupuntura realmente alivia a dor na lombar? Sim, de acordo com os 18.000 participantes da pesquisa, reunidos dos 29 estudos e reportado nos Arquivos de Medicina Interna. No geral, os participantes reportaram um alívio significativo da dor.
De acordo com o Centro Nacional de Medicina Complementária e Integrativa, “A acupuntura descreve procedimentos que envolvem o estímulo de pontos do corpo usando uma variedade de técnicas. Sendo o mais praticado, a pele é penetrada por agulhas finas, sólidas e metálicas que são manipuladas manualmente ou por um estímulo elétrico. Praticado na China e outros países asiáticos há mais de mil anos, a acupuntura é um dos componentes chave da medicina tradicional chinesa. ”
Os médicos na Ostir Physical Medicine em Joliet, explicam que as agulhas de acupuntura “estimulam o sistema nervoso para liberar químicos nos músculos, medula espinal e cérebro, além de aumentar a circulação do sangue nas áreas afetadas. Estes químicos podem tanto alterar a experiência da dor, como também, ativar a liberação de outros químicos e hormônios que influenciam o sistema regulador do próprio corpo.
“Uma energia otimizada e um equilíbrio bioquímico, produzidos pela acupuntura, estimulam as habilidades naturais de cura do corpo, e promove equilíbrio físico e emocional. ”
A acupuntura tradicional chinesa é baseada na teoria que a energia ou “Qi”, circula pelo corpo, alcançando todos os tecidos. Ao inserirmos agulhas em pontos específicos correlacionados a certas doenças, pode liberar, reter ou estimular energia para a cura.
A combinação da acupuntura chinesa com as modernas técnicas quiropráticas tem ajudado pacientes a restaurarem sua circulação de Qi, enquanto reduz a dor e a inflamação.
“Nós podemos usar a acupuntura para dores musculares e nas juntas, condições neurológicas, vício e outros problemas internos. A acupuntura pode ser combinada com outros tratamentos físicos e mentais, ou usado sozinho” de acordo com a Ostir Physical Medicine.
Epicondilite Medial: Cotovelo de Golfista
A prática de esportes é muito importante, mas existem atividades e até mesmo fora do mundo esportivo, que geram sobrecarga podendo causar a epicondilite medial. Conhecida também como “cotovelo de golfista”, a epicondilite é uma inflamação do tendão do músculo palmar longo, que acomete indivíduos que praticam atividades que geram sobrecarga repetitiva dos músculos flexores do antebraço. É uma condição que provoca dores no lado interno do cotovelo, onde os tendões dos músculos do antebraço fazem ligação com a proeminência óssea, no interior do cotovelo. Práticas de esportes como tênis, musculação e golfe podem gerar essa sobrecarga e até mesmo atividades no trabalho que necessitam de movimentações repetitivas dos flexores, causam a epicondilite medial. Um evento único traumático também pode gerar a patologia. A dor pode se alastrar para o antebraço e pulso e está associada a movimentos excessivos de flexão do punho, dedos e pronação do punho.
Movimentos vigorosos, repetitivos ou excessivos dos pulsos e dedos podem causar danos aos músculos e tendões que controlam o pulso e os dedos, assim resultando em inflamação e dor. Quando os músculos responsáveis por dobrar os dedos e punho são excessivamente usados, os tendões são repetidamente puxados, causando pequenas e repetidas rupturas no tecido dos tendões, que inflamam e ocorre a dor no cotovelo. Exercícios como levantar, atirar ou bater, assim como aquecimento inadequado ou condição física deficiente, também podem contribuir para o “cotovelo de golfista”. Normalmente ocorre em esportes de arremesso, golfe e esportes que necessitam de raquete. Atividades do dia a dia, como carpintaria e digitação, são condições que podem ocasionar a patologia.
A dor do “cotovelo de golfista” pode aparecer de repente ou gradualmente e se caracteriza por:
- Dor e sensibilidade na parte interna do cotovelo;
- Possível fraqueza nas mãos e pulsos;
- O cotovelo pode ficar rígido e doer quando fechar o pulso;
- Dormência ou formigueiro que irradia para um ou mais dedos, geralmente o anelar e o mindinho (Cerca de 50% dos casos de epicondilalgia medial do cotovelo têm sintomas neurológicos associados à compressão do nervo cubital);
- Também pode haver dor ao fechar a mão com os dedos para dentro;
Se estiver com algum desses sintomas ou se seu cotovelo permanecer quente, não conseguir dobrar e parecer deformado, consulte seu médico fisiatra. O exame de ultrassom e a ressonância magnética são os mais utilizados para o diagnóstico do “cotovelo de golfista”. Gelo e analgésicos de receita livre, também poderão aliviar a dor e sensibilidade. Existem outras opções indicadas pelos médicos para controlar a dor, como o uso de medicações anti-inflamatórias orais e tópicas, órteses e imobilizações e terapias como a fisioterapia ou a acupuntura. Aplicação de injeção de cortisona na região do epicôndilo medial para reduzir a inflamação, também pode ser utilizada. O paciente receberá orientações para realizar exercícios para o cotovelo e em casos mais graves poderá ser encaminhado para uma intervenção cirúrgica.
A cirurgia raramente é necessária, pois as medidas de reabilitação, quando bem realizadas, resolvem o quadro doloroso. Eventualmente, a epicondilite medial pode persistir apesar do tratamento correto e prolongado. Nesses raros casos, a cirurgia pode ser necessária. Existem diversas técnicas disponíveis para o tratamento cirúrgico e elas se baseiam na remoção dos tecidos doentes. Nos casos em que há alguma alteração do nervo ulnar, o mesmo deve ser tratado. A descompressão da região do túnel cubital é o procedimento mais comumente realizado. O nervo pode ser, em algumas técnicas, transposto, ou seja, transferido, para uma região mais anterior, que pode estar acima ou abaixo dos músculos do antebraço.
O tratamento é não operatório na grande maioria dos casos e deve ser ajustado às atividades de cada paciente e, como princípios gerais, baseia-se no controle da dor, na reabilitação da musculatura acometida e na prevenção. Infiltrações também podem ser indicadas caso as medidas prévias não sejam eficazes, mas apresentam alguns riscos e não são realizadas de rotina.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade usualmente praticados devem ser mudados, para que não haja piora da condição. Por exemplo, trocar o jogo de golfe por uma caminhada e escrever usando uma caneta ao invés de digitar. O médico poderá prescrever uma tira, ou outros produtos, para serem usados logo abaixo da região dolorida do cotovelo. Isso permitirá que os músculos do antebraço façam pressão contra a tira, ao invés de fazer pressão contra o epicôndilo dolorido. O uso de uma faixa elástica pode auxiliar a reduzir o edema.
Após a recuperação da fase aguda dolorosa, a prevenção deve ser realizada, evitando novas crises e recidiva da dor. Alongamento e fortalecimento devem ser realizados de maneira padronizada e frequente. Ajustes no ambiente de trabalho devem ser feitos, evitando-se também a flexão repetitiva do punho e dedos. O treino do gesto esportivo, principalmente no tênis ou no golfe devem ser realizados, evitando o movimento de flexão forçada do punho, para diminuir a sobrecarga muscular da região flexora.
O objetivo da reabilitação é eliminar a dor e que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente. Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por esse motivo, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação do cotovelo, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação. O retorno à atividade do dia a dia ou ao esporte acontecerá quando for possível realizá-los, sem sentir dor no cotovelo.
Uma vez que a epicondilite medial ocorre pelo uso excessivo dos músculos que flexionam o punho, é importante não sobrecarregá-los. Aos primeiros sinais de dor na parte interna do cotovelo, deve-se diminuir a atividade e procurar um médico. A dor do “cotovelo de golfista” não tem que mantê-lo fora de campo ou afastado de suas atividades preferidas. Com descanso e tratamento adequado, poderá voltar a ter uma vida normal.
fevereiro 4, 2016
Síndrome Dolorosa Miofascial
Síndrome Dolorosa Miofascial
O que é a Síndrome Dolorosa Miofascial?
A dor muscular acomete muitos indivíduos e pode aparecer por diversos fatores. Prática de esportes, atividades do dia a dia, tudo pode desencadear a dor muscular. Até mesmo dormir de mau jeito, pode atingir determinados músculos. A síndrome dolorosa miofascial aborda esse tema. É uma disfunção neuromuscular local, que se caracteriza por apresentar áreas sensíveis em bandas musculares tensas ou contraturadas, que geram dor em regiões afastadas ou circunvizinhas. É uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética. Pode ser de um único músculo ou abranger diversos, levando a padrões distintos de dor. Ocorre em ambos os sexos e é mais observada em atletas e nas pessoas acima de 30 anos.
A síndrome acomete músculos, fáscias, ligamentos, tecidos pericapsulares, tendões e bursas. Também pode ser decorrente de processos degenerativos, metabólicos, inflamatórios, infecciosos, neoplásicos, macro ou micro traumatismos de inúmeras estruturas, principalmente nas regiões cervical, cintura escapular e lombar. Caracteriza-se pela ocorrência de dor muscular em regiões enduradas, onde estão presentes bandas de tensão palpáveis e pontos extremamente dolorosos, os pontos gatilhos.
O que são os pontos gatilhos da Síndrome Dolorosa Miofascial?
Os pontos gatilhos são locais bem delimitados, áreas pequenas e sensíveis no músculo, que se manifestam como um nódulo ou local de contração do músculo. Este, quando estimulado, causa dor em uma área distante (dor que corre para outro local). A dor ocorre em determinada região do corpo, geralmente mal localizada sobre as juntas ou músculos. O ponto gatilho é um local irritável, na estrutura mole, mais comumente no músculo, com baixa resistência e alta sensibilidade, quando comparado a outras áreas. Ao ser estimulado, ocorre a dor.
O ponto gatilho é ativo quando é um foco de hiperirritabilidade sintomática no músculo ou fáscia muscular, com dor espontânea ou durante o movimento, apresentando redução da amplitude de movimentos, redução da força, dor à palpação e bandas tensas. Em geral, o paciente não é consciente da existência dos pontos gatilho, pois a dor se manifesta em território distante do ponto. Esse território é denominado de zona de dor referida.
Quais são as causas da Síndrome Dolorosa Miofascial?
A síndrome geralmente ocorre pelo estresse excessivo sobre os músculos. Tende a aparecer e piorar com esforço físico. No entanto ela pode ocorrer durante o repouso se não for tratada precocemente. Movimentos repetitivos, postura inadequada, condicionamento físico inadequado, trauma, distensão muscular, estresse emocional e até roupas apertadas, poderão desencadear a síndrome dolorosa miofascial. Também está associada a doenças como diabetes, depressão, anemia, doenças da tiroide e doenças reumatológicas, neurológicas, dentre outras. Ela é uma das mais frequentes causas de dor nas costas e de dor no pescoço. É muito importante a identificação de vícios de postura e de movimentos durante o dia a dia, os quais são frequentemente a causa dessa síndrome.
Como é feito o diagnóstico da Dor Miofascial?
O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo que muitas vezes não é necessário nenhum exame complementar (exame de sangue, radiografia, etc). Os sintomas da síndrome dolorosa miofascial são:
- Dor regional;
- Dor ou alteração sensorial na distribuição de dor referida;
- Banda muscular tensa palpável;
- Ponto dolorido na banda muscular;
- Restrição de alguns graus de amplitude de movimento.
- Queixa ao pressionar o ponto;
- Contração durante inserção de agulha ou palpação transversal do ponto na banda;
- Melhora da dor quando o músculo em questão é estirado.
Apresentando algum desses sintomas, o médico deverá ser consultado. A dor será investigada, colhendo informações do paciente sobre o histórico dos eventos precipitantes, duração da dor e atividades realizadas no dia a dia. O exame físico também é de grande importância, já que pela palpação da musculatura é possível identificar pontos sensíveis e endurecidos, os pontos gatilho.
Como é o tratamento dessa dor?
As Síndromes Dolorosas devem ser integralmente abordadas, através do emprego de variados recursos especializados, aplicados por uma equipe multidisciplinar. Dessa forma as terapias mais adequadas a cada situação clínica, serão indicadas ao paciente, tendo como consequência a obtenção de melhores resultados. A abordagem integrativa contribui para a redução ou substituição de medicamentos por outros métodos com iguais benefícios aos pacientes, trazendo vantagens como acupuntura que cada vez mais vem sendo evidenciada e destacada como um dos principais tratamentos, para diversas patologias.
O tratamento da síndrome miofascial visa eliminar ou minimizar a dor gerada pelo ponto gatilho, em associação com terapias como a acupuntura, exercícios de alongamento, uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, tratamento da etiologia quando possível e observação do paciente em seu ambiente social. O tratamento consiste na identificação da causa e sua correção. Uma prática muito usada é a injeção no ponto gatilho, que tem como objetivo eliminar os mesmos e, consequentemente, as bandas musculares tensas, reduzindo ou minimizando a dor, aumentando a amplitude de movimento, impossibilitando que estes nódulos se tornem fibróticos e resistentes ao tratamento ou fazendo com que as recidivas sejam frequentes.
Para o tratamento, a acupuntura é indicada não somente para a síndrome miofascial, mas também para diversas condições dolorosas. Sua eficácia no tratamento das dores musculoesqueléticas está cientificamente comprovada. Os resultados da acupuntura são comparáveis aos de outros métodos, apresentando vantagens significativas. Os efeitos neurobiológicos da acupuntura qualificam o método como útil e adequado no tratamento da dor. O Médico Acupunturista está apto a escolher a técnica mais adequada de estimulação dos pontos gatilho, assim obtendo os melhores resultados terapêuticos.
A ação terapêutica sobre os pontos gatilho, através do “agulhamento seco”, a eletroestimulação, injeção de anestésico local ou solução salina, provou que esses pontos são, em muitos casos, a chave para o controle da dor. Um dos métodos mais antigos de redução da dor é a analgesia através da desativação de pontos gatilho miofasciais pela acupuntura. A eficácia deste método está cientificamente comprovada para o tratamento da dor musculoesquelética crônica. Os pontos de acupuntura apresentam funções terapêuticas e sua utilização está indicada não somente para as dores musculoesqueléticas, mas também para promover a normalização funcional do organismo. O médico fisiatra é especialista nesse tipo de procedimento.
O processo de reabilitação geralmente é prolongado e dependente da educação e da responsabilidade do paciente e do desenvolvimento de parceria entre fisioterapeuta e paciente, baseada na confiança mútua. Em longo prazo, a conduta não reside apenas no tratamento dos pontos gatilho, mas na identificação e modificação dos fatores contribuintes, visto que estes estão relacionados aos aspectos do modo de vida dos pacientes. A síndrome dolorosa miofascial é de difícil determinação, pois os critérios de diagnóstico são clínicos e dependem da identificação dos pontos gatilho e das bandas de tensão, sendo necessário um treinamento do profissional para que esta síndrome seja reconhecida. Identificar o foco da dor, aliado a um tratamento eficiente pode ser decisivo na recuperação do paciente.
O que é Hérnia de disco?
O que é a Hérnia de disco?
É uma doença que ocorre quando um dos discos de nossa coluna vertebral sai da posição normal, comprimindo os nervos da medula espinhal. É uma situação bastante comum, normalmente acometendo as regiões lombar ou cervical, que são as que mais se expõem a movimentos ou cargas.
A coluna vertebral é composta principalmente por vértebras, por onde posteriormente existe um canal aonde a medula espinhal passa, levando informações do sistema nervoso central. Entre estas vértebras, existem os discos intervertebrais, que são estruturas formadas por um tecido cartilaginoso, com função de absorção de impacto e proteção da coluna.
A hérnia de disco ocorre quando há um desgaste destes discos, que acabam saindo destes discos e geram uma compressão de raízes nervosas, podendo resultar em dor.
Quais são as causas da hérnia de disco?
Existem diversas causas que podem provocar este deslocamento de disco da coluna. Para você entender melhor o processo, explicaremos como é a formação da coluna espinhal.
Cada disco invertebral possui formato de anel e eles ficam localizados entre as vértebras que formam nossa espinha. Estes discos têm a função de evitar atrito entre as vértebras, sem que se perca a movimentação entre elas. Por este motivo, são constituídos de cartilagem elástica.
O desgaste deste tecido cartilaginoso é a causa mais comum de hérnia de disco. Ele é causado pela movimentação diária, ou seja, por uso repetitivo. Quando isto acontece, os discos saem das vértebras e comprimem os nervos da região, causando dor bastante aguda. Porém, levantar cargas excessivas também pode levar a este deslocamento de disco.
Sintomas de hérnia de disco
Algumas pessoas têm hérnia de disco e nem sabem disso, muitas vezes o sintoma não aparece, mas na maioria dos casos de hérnia de disco lombar o paciente sente dores insuportáveis e ela se concentra na região lombar e cervical da coluna. Além da dor insuportável, a pessoa com sintomas de hérnia também pode sentir:
- Prostração e sensação de formigamento;
- Dores nos braços ou pernas, dependendo do local onde a hérnia está localizada, como estamos falando da hérnia na região lombar é sentida nas pernas;
- Sensação de fraqueza por causa dos músculos das costas atingidos pela hérnia de disco lombar.
Esses são os sintomas mais comuns, se você começar a sentir muita dor na região lombar é bom ficar atento e procurar ajuda médica. Se as dores são muito fortes e persistentes e você tiver alguma sensação de dormência, fraqueza, perda de movimento ou alterações nos hábitos de urinar precisa procurar um médico já.
A hérnia de disco não é um problema muito grave, mas deve ser levado a sério, principalmente por causa da dor. Em alguns casos é impossível conviver com a dor, da mesma forma que algumas pessoas não sentem nada. E mesmo que você não está sentindo dor, mas observou algo irregular é importante procurar um médico para fazer exames e verificar se está tudo bem.
Não é legal brincar com a saúde e quando você sente alguma dor precisa dar atenção para ela. Por isso procure um médico e por mais que você não sinta nada é importante fazer uma visita anualmente, principalmente se já tem mais de 50 anos de idade.
Diagnóstico e tratamento
Assim que você procurar um médico ele fará o diagnostico, nesse caso o médico especializado nesse problema é o ortopedista ou o médico fisiatra, especialista em reabilitação e dor. Assim que o médico suspeitar do problema é feita uma avaliação clínica, será levado em conta as características dos sintomas e os resultados e exames neurológicos. O médico geralmente pede exames de:
- Raio-X;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância nuclear magnética;
- Eletromiografia para determinar exatamente a raiz do nervo em questão;
- Mielograma para determinar o tamanho e a localização;
- Teste de velocidade de condução do nervo;
- E outros exames que podem ajudar a determinar o tamanho da lesão e a região exata.
Depois dos exames e confirmando o problema de hérnia de disco lombar o médico passará o tratamento. O tratamento é bem simples e logo você vai voltar a rotina normal. A primeira parte do tratamento é um período curto de repouso com medicamentos para administrar a dor, geralmente analgésicos. Depois desse período passa para a fisioterapia, o tempo da fisioterapia será determinado pelo médico, vai depender do grau do seu problema. Depois de passar por essas duas etapas a maioria das pessoas conseguem ter uma melhor significativa e se recupera conseguindo retornar as atividades normais.
Se depois de passar por essas duas etapas o paciente não melhorar, são poucas as pessoas que não melhoram, o tratamento começa a ser outro. Em alguns casos o tratamento inclui injeções de esteróides ou até mesmo cirurgia. É importante frisar que a cirurgia só é indicada em casos mais complicados e que não existe possibilidade de melhorar e tratar apenas com o que já falamos.
Mesmo assim indicamos sempre que você procure a opinião de outro especialista caso seu médico indique a cirurgia. Esse é um processo um pouco complicado que deve ser feito apenas em casos graves que não melhoram com os procedimentos mais simples.
Se você sofreu o deslocamento de disco por causa de uma lesão o tratamento será um pouco diferente. O médico receitará anti-inflamatórios e analgésicos se a dor for muito forte, ele também pode receitar relaxantes caso o paciente tenha espasmos nas costas. O trabalho com o fisioterapeuta também será diferente, ele vai mostrar posições e exercícios para minimizar as dores causadas pela hérnia.
Alguns médicos também vão recomendar compressas com gelo ou calor, estímulos elétricos e imobilização temporária do pescoço e da parte inferior das costas. Por isso é tão importante procurar um médico, não dá apenas para tomar analgésicos em casa e simplesmente esperar que o problema resolva sozinho.
Como prevenir a hérnia de disco
Para prevenir a hérnia de disco lombar você precisa adquirir um hábito mais saudável com prática regular de atividade física, alongamentos e fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral. Comece também a manter uma boa postura em todas as posições do dia a dia, então, se sentar, sente da forma correta, se deitar, deite da forma correta, na hora de praticar exercícios também mantenha a postura correta.
Evite exageros, tanto das atividades físicas, quanto do tempo que fica na mesma posição. Evite também excesso de peso, cigarros e bebidas alcoólicas. Faça também a atividade física adaptada para sua faixa etária, siga também as orientações do seu médico e do seu professor de educação física.