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4 coisas que você pode fazer para evitar interações medicamentosas

Cada medicação que você usa pode afetar o modo como outras medicações atuam, acarretando efeitos colaterais e complicações danosas.

 

Você toma mais de uma medicação? Está usando alguns tipos diferentes de medicação? Tem se consultado com vários médicos? Se a resposta for sim, você pode estar exposto a um risco aumentado de interações medicamentosas, as quais ocorrem quando um fármaco, suplemento ou até um alimento afetam o modo como o seu corpo processa uma medicação. Interações deste tipo podem aumentar a potência de um fármaco—de modo que uma dose padrão se transforma em superdosagem—mas também podem tornar o fármaco menos potente ou totalmente ineficaz.

"É essencial que as pessoas aprendam sobre as medicações que usam e passem a ter consciência de suas respostas a estas substâncias", diz a Dra. Shobha Phansalkar, professora-assistente de Medicina na Harvard Medical School, cuja pesquisa está centrada na exploração de meios que permitam às pessoas administrarem melhor suas medicações, para evitar efeitos colaterais.

 

Como se dão as interações medicamentosas 

O termo “interações medicamentosas” é algo confuso. No corpo, os fármacos não se combinam para produzirem reações químicas. Em vez disto, um fármaco, suplemento ou alimento podem afetar o tempo de permanência de uma dada medicação no corpo, muitas vezes estimulando ou inibindo a produção de enzimas específicas no fígado ou intestino. Estas enzimas fazem parte do sistema do citocromo p45, que exerce papel importante na metabolização de numerosas medicações. Usualmente, as interações medicamentosas ocorrem das seguintes maneiras:

Interações com outros fármacos. As interações entre dois fármacos ocorrem quando um fármaco afeta a enzima citocromo que processa o outro. Exemplificando, o antibiótico metronidazol (Flagyl) inibe a enzima CYP2C, que quebra a warfarina (Coumadin). Se as duas medicações forem usadas ao mesmo tempo, o sangue mais fino pode fluir mais devagar pelo corpo, aumentando o risco de sangramento grave. O fármaco anticonvulsivo fenitonína (Dilantina) estimula a produção excessiva de CYP3A4, enzima que metaboliza estradiol, um componente de anticoncepcionais de dose baixa. Neste caso, os anticoncepcionais são depurados mais rapidamente nas mulheres que usam fenitoína, diminuindo sua efetividade e aumentando a chance de gravidez não planejada.

Em outros casos, dois fármacos tomados juntos para diferentes propósitos podem ter o mesmo efeito, produzindo algo semelhante a uma overdose. Um exemplo comum são os analgésicos vendidos sem prescrição médica—aspirina, ibuprofeno (Motrin), naproxeno (Aleve) e, em menor extensão, acetaminofeno (Tylenol)—que são usados com afinadores de sangue como a warfarina e o clopidogrel (Plavix). Como os analgésicos também têm efeitos anticoagulativos, a combinação pode resultar em sangramento grave.

Interações com nutrientes. Vários alimentos também podem bloquear ou estimular enzimas que quebram fármacos. Indivíduos que tomam atorvastatina (Lipitor) ou simvastatina (Zocor) com grandes quantidades de suco de grapefruit podem apresentar mialgia e outros efeitos colaterais em consequência de "overdose" de estatinas, uma vez que o suco inibe a enzima que depura as estatinas. Suplementos à base de óleo de peixe podem produzir efeito similar quando ingeridos com warfarina, aumentando o risco de sangramento grave. Os suplementos de ferro podem minimizar os efeitos da levoxitiroxina, medicação usada no tratamento de tireoide hipoativa.

Interações com o corpo. O seu próprio corpo pode reagir aos fármacos de maneira inesperada. Existem múltiplas versões de cada uma das cerca de 50 enzimas CYP450 existentes, e não há nenhuma forma simples e confiável de identificar quais versões você herdou. É possível que você apresente reação a alguns fármacos por quebra-los mais rápido ou mais devagar do que a maioria das pessoas. Do mesmo modo, conforme envelhecemos, tendemos a metabolizar os fármacos mais lentamente, de modo que uma dose menor do que aquela geralmente recomendada pode ser suficiente. A doença renal ou hepática também pode retardar a velocidade com que os fármacos são metabolizados. Por estes motivos, é importante monitorar com cautela a suas reações a qualquer fármaco novo que você tome.

 

Minimizando o risco de interações

 

A Dra. Phansalkar reconhece que é ilusão esperar que memorizemos todas as possíveis interações para cada medicação que tomamos. Por outro lado, as recomendações a seguir podem ser bastante úteis para minimizar problemas:

  1. Saber por que você está tomando cada medicação

Os nomes de fármacos costumam ser difíceis de pronunciar, difíceis de lembrar e fáceis de confundir. Um erro ao listar seus fármacos pode implicar na ocorrência não notada de uma potencial interação. Exemplificando, o Klonopin (nome comercial do clonazepam, usado no tratamento de ataques de pânico) pode ser confundido com a clonidina, uma medicação comumente usada no controle da pressão arterial. Entretanto, se você disser ao farmacêutico ou a um profissional médico que está tomando Klonopin para abaixar a pressão arterial, eles provavelmente saberão que, na verdade, você está tomando clonidina. Considere rotular cada frasco ou caixa de comprimidos com uma descrição do motivo pelo qual você usa a medicação—p. ex., "pressão arterial".

  1. Saber como tomar o fármaco

É importante saber se a medicação deve ser tomada com alimento ou com o estômago vazio. Exemplificando, ingerir bifosfonato (uma classe de fármacos usados para cessar a perda óssea) com leite, café ou suco, ou comer qualquer coisa dentro de um período de 30 minutos após tomar a medicação anulará seus efeitos. Por outro lado, a melhor forma de tomar alguns fármacos é com alimento, seja por auxiliar a absorção ou prevenir a irritação do revestimento estomacal. E há certos fármacos que não podem ser ingeridos com alimentos específicos. O antibiótico tetraciclina, por exemplo, não deve ser tomado com laticínios, porque o cálcio interfere na absorção do fármaco.

  1. Suspeitar dos suplementos

Algumas das interações medicamentosas mais graves envolvem medicações prescritas e suplementos. Além de os suplementos serem menos propensos a estarem na lista dos bancos de dados de interações medicamentosas, em comparação às medicações aprovadas pelo FDA, também é possível que os profissionais médicos desconheçam os suplementos tomados pelos pacientes. Dada a pouca quantidade de evidências mostrando que os suplementos promovem benefícios à saúde, é melhor evita-los, exceto quando forem prescritos pelo médico.

  1. Limitar o consumo de álcool

Para as mulheres, não é boa ideia consumir mais de um drinque por dia, de modo geral, e pode ser ainda pior beber enquanto se usa medicação. O álcool intensifica a sonolência—um efeito pretendido das pílulas para dormir e um efeito colateral de muitos anti-histamínicos, antidepressivos e ansiolíticos. Em adição, o álcool pode irritar o revestimento do esôfago e do estômago—uma preocupação especial quando se toma aspirina, outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides ou um bifosfonato oral para baixa densidade óssea.


Estudo encontrou que fibromialgia é associada à diminuição da conectividade cerebral

Um novo estudo conduzido na Suécia constatou que a fibromialgia está ligada à atividade anômala em partes do cérebro que processam os sinais dolorosos e os conectam a outras regiões.

Dr. Pär Flodin e colaboradores, do Karolinska Institute, em Estocolmo, relataram seus achados no periódico Brain Connectivity.

A síndrome da fibromialgia é uma condição comum e crônica, de causa desconhecida, que atinge principalmente indivíduos de meia-idade, embora os sintomas com frequência possam se manifestar mais cedo. Aqueles que são afetados pela condição tipicamente apresentam fadiga com de longa duração em várias áreas do corpo, além de sensibilidade em tecidos moles, como músculos, articulações e tendões.

Não sabemos por quê, embora homens e crianças também possam ter a síndrome, a vasta maioria dos pacientes diagnosticados com fibromialgia são mulheres.

De acordo com o National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases, os cientistas estimam que a fibromialgia afete 5 milhões de americanos adultos.

 

Conectividade cerebral diminuída em pacientes com fibromialgia 

Em seu estudo, os pesquisadores do Karolinska compararam a atividade cerebral em mulheres com e sem fibromialgia. Nas pacientes com fibromialgia, eles observaram uma conectividade diminuída entre as áreas cerebrais que processam sinais de dor e sensoriomotores.

 

Os pesquisadores sugeriram que seus achados mostram que a conectividade cerebral diminuída pode contribuir para a regulação deficiente da dor em indivíduos com fibromialgia.

Os resultados se somam aos de estudos anteriores que associaram a atividade cerebral anormal à inibição precária da dor.

Para este estudo, 22 mulheres sadias e 16 mulheres com fibromialgia foram submetidas a varreduras cerebrais de imagem de ressonância magnética funcional (IRMf), apresentando diferentes níveis de dor induzida pela aplicação de pressão no polegar. No dia anterior ao das varreduras, as mulheres concluíram os testes para calibração da sensibilidade dolorosa. Um estimulador de pressão controlado por computador aplicava pressão no polegar esquerdo, enquanto os pesquisadores avaliavam a sensibilidade à dor de cada mulher. As intensidades de pressão derivadas destas avaliações foram então distribuídas em ordem aleatória, conforme as participantes do estudo eram submetidas às varreduras cerebrais.

As participantes tiveram que interromper suas medicações para dor e sedativos durante as 48 horas anteriores à avaliação da dor e também durante as 72 horas que antecederam as varreduras de IRMf. Ao todo, cada participante recebeu 15 estímulos com duração de 2,5 segundos cada, a intervalos de meio minuto.

 

A diminuição da conectividade cerebral poderia comprometer a percepção da dor 

Os resultados mostraram que as participantes com fibromialgia tinham sensibilidade significativamente aumentada à dor, em comparação ao grupo controle.

Quando as varreduras cerebrais foram analisadas, a equipe encontrou diferenças entre os padrões cerebrais das participantes sadias e daquelas com fibromialgia. As participantes com fibromialgia apresentaram “desconexão funcional” entre as áreas cerebrais que processam sinais de dor e as outras partes, incluindo as áreas controladoras da atividade sensoriomotora. 

Os autores sugerem que esta diminuição da conectividade cerebral poderia comprometer a percepção dolorosa.

O co-editor-chefe do periódico, Dr. Christopher Pawela, professor-assistente no Medical College of Wisconsin, nos EUA, descreve o estudo como um “primeiro passo importante” no sentido de compreender o modo como o cérebro afeta a percepção dolorosa de ampla distribuição, que é uma característica conhecida da fibromialgia.

 


fisioterapia

O que faz um fisioterapeuta? Fique por dentro da profissão

O fisioterapeuta, tem a formação para o tratamento e prevenção de doenças e lesões, decorrentes de fraturas ou má-formação ou vícios de postura.

Para cuidado, ele pode aliar técnicas, como massagens e exercícios, que pode melhorar a capacidade física dos seus pacientes.

Para a recuperação, o médico pode sugerir o acompanhamento para complementar a ação de medicamentos e acelerar a recuperação.

Este profissional tem como função, recuperar os movimentos, por meio de massagens e exercícios físicos, assim como doenças ocupacionais e lesões.

Apenas estes profissionais formados em cursos superiores de Fisioterapia reconhecidos pelo MEC e registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) podem recomendar as sessões.

 

 

Atuação do fisioterapeuta

Inicialmente o profissional faz um diagnóstico fisioterapêutico do paciente. Com isto, ele analisa e interpreta os exames e laudos médicos para verificar o estado de saúde. Neste processo ele pode observar se existe alguma lesão. Além disso, cabe a ele observar os movimentos do paciente e se o mesmo apresenta dificuldade motora ou sente dor.

Através do diagnóstico é possível iniciar o tratamento. O tipo pode variar de acordo com a condição do paciente, além da lesão. As formas podem ser, por:

  • Aplicação de massagens;
  • Exercícios físicos;
  • Tratamento a base de frio e calor;
  • Exercícios na água;

Inicialmente o tratamento é feito com o fisioterapeuta, que acompanha e orienta o paciente na atividade assim como o seu progresso.

Existe a possibilidade dos exercícios que o paciente fazer seja sozinho, em casa. Com isto, serão ensinados movimentos que precisam ser feitos com certa frequência e força.

Depois é feita uma nova avaliação para identificar a melhora em seu quadro e ajustar o tratamento.

 

 


Áreas do profissional


Saúde Preventiva

Neste caso é trabalhado o relaxamento muscular, exercícios respiratórios e alongamento corporal.

Para o processo é preciso conhecer os hábitos do paciente, ou se fica muito sentado ou em pé, postura entre outras questões.

Com isto é possível corrigir postura, relaxar os músculos, desta forma, permite evitar lesões por esforço repetitivo, amenizar sintomas e acabar com a lesão muscular.

Fisioterapia do Trabalho

A fisioterapia do trabalho atua para cuidar da saúde do trabalhador. Neste caso é preciso conhecer as atividades do mesmo.

Neste caso são feitas palestras e treinamentos para postura e prevenção de doenças.

Fisioterapia Desportiva

Nesta profissão tem o cuidado com o condicionamento físico de atletas. Com trabalho preventivo é possível também fazer o acompanhamento de lesões ou traumas físicos.

Indústria de Equipamentos

Este profissional pode desenvolver novos equipamentos para recuperação dos pacientes, ou então fazer testes e avaliações de produtos.

Fisioterapia Neurológica

Neste caso funciona para pacientes com algum distúrbio neurológico. O processo pode exigir que o paciente aprenda movimentos corporais básicos.

Ortopedia e Traumatologia

Este caso funciona para fraturas, traumas ou luxações.

Fisioterapia Cardiorrespiratória

Para os pacientes com doenças cardíacas ou respiratórias pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar.

Para o tratamento o fisioterapeuta pode passar exercícios ligados aos aparelhos respiratórios e circulatórios. Além disso, este profissional pode auxiliar nas etapas pré e pós-operatórias.


microcefalia

O que é Microcefalia - Causas e tratamento

A microcefalia é uma condição neurológica, rara que ocorre na cabeça e no cérebro da criança. Geralmente ela é diagnosticada no início da vida e é uma consequência do não crescimento do cérebro durante a gestação ou após o nascimento.

A criança com microcefalia apresenta problemas no desenvolvimento. Não existe uma cura definitiva para a doença, porém, os tratamentos são feitos desde os primeiros anos. A evolução ocorre conforme o desenvolvimento e qualidade de vida. A doença é decorrente a problemas genéticos ou ambientais.

 

 

Causas da Microcefalia

O problema tem relação ao crescimento abaixo do cérebro da criança quando ela está no útero. Desta forma, ela pode ser genética. Em todo caso, algumas das causas são:

  • Malformações do sistema nervoso central.
  • Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê.
  • Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez.
  • Desnutrição grave na gestação.
  • Fenilcetonúria materna.
  • Rubéola congênita na gravidez.
  • Toxoplasmose congênita na gravidez.
  • Infecção congênita por citomegalovírus.

As doenças genéticas que causam o problema são:

  • Síndrome de Down.
  • Síndrome de Cornelia de Lange.
  • Síndrome Cri du chat.
  • Síndrome de Rubinstein – Taybi.
  • Síndrome de Seckel.
  • Síndrome de Smith-Lemli–Opitz.
  • Síndrome de Edwards.

Recentemente Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika vírus e o surto de casos de microcefalia. No entanto, as investigações sobre microcefalia e o Zika vírus continuam para esclarecer todas as questões, inclusive sobre a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano. De modo geral o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

 

 

Diagnóstico

A doença é diagnosticada pelo médico nos primeiros exames depois do nascimento. Ela também é diagnosticada com o perímetro da cabeça. Os exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames sanguíneos ajudam na avaliação.

Além disso, uma criança com microcefalia a sua cabeça cresce ao longo da infância, mas menos do que a média. Na gravidez também é possível descobrir a doença por meio da ultrassonografia, os médicos conseguem medir o crânio do feto.

 

 

Associação da microcefalia

No geral 90% dos casos tem relação com atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Com isto, o tipo e nível de gravidade da sequela variam caso a caso. Em algumas a inteligência da criança não é afetada. No entanto, o déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia podem aparecer neste tipo de paciente.

 

 

Prevenção

Para diminuir o risco é preciso fazer um acompanhamento pré-natal. Além disso, a gestante deve procurar o médico se sentir sintomas de infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas.

Além disso, as grávidas não devem usar medicamentos não prescritos por profissionais de saúde. É importante fazer o pré-natal qualificado e todos os exames previstos.

 

 

Tratamento

Não existe forma de reverter à microcefalia com medicamentos ou outros tratamentos específicos.  No entanto, é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.


bursite trocanterica

Bursite Trocantérica: O que é, causas, sintomas e tratamentos

O trocanter é uma estrutura que faz parte da peça óssea do fêmur, ou seja, não se trata de um osso independente, mas uma protuberância na extremidade do fêmur, localizada próximo do quadril.

A anatomia do quadril é bastante complexa, assim como sua mecânica, que envolve diversas direções de movimento e diversas rotações, por se tratar de um sistema complexo, faz-se necessário compreender melhor sobre as estruturas envolvidas.

O quadril é composto, basicamente, pelos músculos glúteos e músculo piriforme, ligamentos, estruturas ósseas – inclusive o trocanter – e bursas. São encontradas no quadril cerca de 3 a 4 bursas, a saber: iliopectínea, isquioglútea e a trocantérica, esta última é a bursa localizada na superfície do trocanter maior.

As bursas trocantéricas são as estruturas que receberão maior foco neste artigo, uma vez que a bursite trocantérica se relaciona diretamente com tal estrutura. Além disso, o presente artigo buscar-se-á introduzir a respeito das causas, dos sintomas e os tratamentos para esta afecção.

 

 

  • O que é bursite trocantérica?

Bursas são bolsas que contém líquido gelatinoso no seu interior, se localizam entre os tendões e os ossos e têm como função a redução de atrito causado pela movimentação e locomoção, isto é, funciona como amortecedor. O fluído contido nas bursas são responsáveis pela lubrificação, facilitando assim o deslizamento entre as estruturas relacionadas com o movimento, neste caso, da região do quadril.

As bursas trocantéricas, por sua vez, são encontradas na região do quadril, mais especificamente abaixo do trocanter. Vale lembrar que o trocanter é uma proeminência no topo do fêmur, o qual se encaixa na bacia. Sabendo disso, é possível compreender do que se trata a bursite trocantérica, consiste na inflamação da bursa trocantérica devido a algum fator causal.

Acomete mais às mulheres que se encontram entre as idades de 30 a 50 anos e aos atletas, principalmente os corredores.

 

 

  • Causas da bursite trocantérica

A etiopatologia da bursite trocantérica envolve fatores externos e fatores de risco. Dentre os fatores externos que contribuem com a inflamação estão os microtraumas ocasionados devido a uma repetição de impacto, podendo ser devido ao uso excessivo dos músculos do quadril que se relacionam com a região do trocanter.

O uso excessivo destes músculos sobrecarrega a biodinâmica, alterando assim a mecânica do grupo musculoesquelético do quadril, esta alteração causa também a alteração do funcionamento das bursas, produzindo mais fluido e, portanto, chegando ao processo inflamatório.

O esforço ou estresse repetitivo, também chamado no termo inglês de “overuse”, acontece na subida de escadas com muita frequência, durante corridas, durante caminhadas longas e frequentes, ao pedalar com periodicidade curta ou mesmo ao permanecer em pé por tempo muito prolongado.

Porém, vale ressaltar que estas atividades citadas acima para se tornarem fatores causais da síndrome, dependerá da frequência, constância e da maneira como são realizadas.

Outro fator que pode desenvolver a bursite trocantérica são as lesões causadas por um evento traumático, isto é, quedas, pancadas, acidentes, etc. No entanto, a maioria dos pacientes não se recorda de nenhum evento que possa estar relacionado à agravante.

Estas lesões não são comumente recordadas, pois podem acontecer durante o dia-a-dia, por exemplo, bater o quadril na porta, na mesa, na porta do carro, deitar sobre um lado apenas por tempo prolongado.

Os fatores de risco envolvidos com a síndrome incluem o histórico de doenças musculoesqueléticas, como artrite, patologias na coluna, discrepância do tamanho das pernas, doenças reumatológicas, osteoartrose, entre outras.

Além das doenças supracitadas, também se relacionam como fatores de risco, a presença de patologias de cunho psicológico ou emocional, como fibriomialgia e obesidade.

  • Sintomas da bursite trocantérica

O principal sinal do quadro clínico da bursite trocantérica é a dor na lateral do quadril, facilmente indicada com a ponta do dedo pelo paciente, a dor pode irradiar para a coxa e panturrilha, devido à alteração no modo de movimentar-se, forçando assim o músculo da coxa e panturrilha, esta dor secundária é, portanto, um reflexo adaptativo que passa a ser considerado um sintoma da própria síndrome.

A dor pode ser intensificada durante a noite e quando o paciente permanece por muito tempo na mesma posição ou em pé. A bursite trocantérica pode afetar o sono, não como um sintoma específico, mas sim como uma consequência da dificuldade em encontrar posição agradável para dormir devido à dor.

Para fins diagnósticos, o médico avalia os sintomas relatados pelo paciente, bem como o histórico de doenças relacionadas, de eventos antecessores, além disso, o médico realiza exame clínico apalpando a região do quadril, estando o paciente deitado com a lateral afetada voltada para o médico.

Exames complementares podem ser necessários para a investigação de lesões mais graves ou patologias em outras estruturas. Nestes casos são realizados exames laboratoriais e de imagem, como radiografia, tomografia ou ressonância magnética.

Uma vez concluídos os exames e o diagnóstico sendo instituído como de bursite trocantérica, é preciso iniciar o tratamento.

  • Tratamento da bursite trocantérica

Nem toda intervenção terapêutica de bursite trocantérica envolve procedimentos cirúrgicos, na verdade, muitos pacientes percebem melhora relevante apenas com algumas mudanças de hábitos e adoção de medidas, veja a lista abaixo que contém algumas atitudes simples que auxiliam na melhora do quadro clínico do paciente acometido:

-Evitar atividades com potencial de piora dos sintomas: como caminhar, correr, subir escadas, permanecer em pé;

-Utilização de um apoio: bengalas, muletas ou quaisquer formas de apoio auxiliam evitando a sobrecarga da outra perna;

-Evitar cruzar as pernas: enquanto a bursa está inflamada, é preciso evitar cruzar as pernas, pois esta posição pode friccionar tal estrutura contra o trocanter, o que ocorre é que a bursa possui nervos no seu interior, por isso quando inflamada ao ser pressionada causa dor e incômodo;

-Perder peso: a obesidade ou o excesso de peso em relação à força que a pessoa tem para sustentar a si mesma influencia na piora dos sintomas, por isso, é importante mudar os hábitos em relação à alimentação, sedentarismo e fatores estressantes;

-Repouso na fase aguda: durante o período em que a inflamação da bursa trocantérica ainda não está totalmente resolvida, é preciso manter-se em repouso;

-Compressa de gelo: realizar compressas de gel gelado ou mesmo com cubos de gelo auxilia no alívio da dor. É recomendado proceder três vezes ao dia, aplicando na região acometida durante cerca de quinze minutos, mantendo cautela para não lesionar a pele.

Além destas medidas iniciais, o tratamento da bursite trocantérica inclui a administração de anti-inflamatório oral durante aproximadamente um mês e meio a dois meses, este tempo de administração deverá ser definido de acordo com fatores como idade, resposta ao tratamento, presença de fatores de risco, etc.

Se o tratamento oral não apresentar respostas esperadas, indica-se a alteração do tratamento, podendo passar a administrar via injetável local de corticóide e substância anestésica, por exemplo, a lidocaína. Esta intervenção costuma apresentar resultados com baixa reincidência e sem complicações recorrentes, salvo alguns efeitos colaterais, como abscessos, lesões nervosas, atrofia cutânea e inflamações por macrófagos.

Somente em casos que não responderam bem nem ao tratamento via oral, tampouco ao tratamento de infiltração, recorre-se à intervenção cirúrgica. Esta intervenção pode ser através da bursectomia, que consiste na incisão lateral para a retirada da bursa problemática, ou através da artroscopia, que é menos invasiva, realizando apenas duas microincisões endoscópicas. A artroscopia causa menos efeitos adversos e sua recuperação é mais rápida e confortável, porém, em alguns casos pode ser necessário realizar a incisão aberta.

Além dos tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos, faz-se necessário o tratamento de recuperação, isto é, a fisioterapia, pois esta terapêutica proporciona reabilitação, alongamento, fortalecimento das estruturas do quadril, correção da dinâmica do movimento, utilização de temperatura para tratamento, enfim, a fisioterapia contribui tanto para a recuperação como também com a prevenção de reincidência.

O retorno às atividades normais do dia-a-dia deve ser gradual e orientado pelo médico, assim como o retorno aos treinos desportivos nos casos de atletas e ao exercício físico, que é de suma importância para a preservação da saúde, inclusive do bom funcionamento da biodinâmica do quadril, porém, toda atividade física deve ser orientada por profissional capacitado, sobretudo em caso de paciente pós cirúrgico e com histórico de bursite trocantérica.

Conclusão

O funcionamento do corpo humano depende do funcionamento equilibrado de todos seus sistemas, assim, um fator que entra em desequilíbrio, afeta diferentes estruturas, resultando em uma queda na qualidade de vida, incômodo, dores. É o caso da bursite trocantérica, quando há excesso ou repetição motora, ou o excesso de peso, ou mesmo o sedentarismo que enfraquece as estruturas que sustentam o quadril, as bursas respondem com a inflamação.

Dessa forma, pode-se entender a bursite trocantérica como um problema resultante de diversos fatores de risco que denotam falhas, bem como fatores causais, que seriam as lesões, traumas, impactos, uso repetitivo ou excessivo.

Portanto, é preciso que além do tratamento direto ao problema instalado, ou seja, administração medicamentosa, por infiltração ou cirúrgica e realização de fisioterapia, haja também a manutenção e a prevenção da saúde como um todo, pois até mesmo o excesso de atividade física pode ser prejudicial.

 

 

 

 


doenca de parkinson

O que é Doença de Parkinson - Aprenda mais

A Doença de Parkinson é degenerativa, crônica e progressiva. Ela ocorre devido à diminuição da dopamina (neurotransmissor).

A dopamina permite a execução dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, pois nós não temos necessidade de pensar ao realizar, devido à substância em nossos cérebros.

Causas da doença de Parkinson

O envelhecimento dos indivíduos saudáveis demonstra morte progressiva das células nervosas. Existem alguns que perdem e acabam manifestando os sintomas da doença.

Entretanto, não sabe o motivo que causa a perda progressiva e exagerada de células nervosas. De qualquer forma existem alguns fatores que desencadeia a doença e pode ser genético ou ambiental.

Genética ou Ambiental

Existem alguns genes relacionados com a ocorrência da doença, porém ela não é hereditária. Ocasionalmente pode ter vários casos na mesma família.

No entanto, não tem como definir se pode trazer riscos para os filhos dos pacientes que desenvolve a doença. Os genes que favoreceram podem agir de forma indireta com diversos fatores.

Com isto é possível ocorrer também por fatores ambientais, como contaminação com agentes tóxicos (agrotóxicos e resíduos químicos). Quando existe a falta, o controle motor é perdido e pode causar alguns sinais e os seguintes sintomas.

Principais sintomas da doença de Parkinson

Os sintomas principais são:

  • Tremores;
  • Acinesia ou bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários);
  • Rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das articulações);
  • Instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas frequentes).

O sintoma da doença de Parkinson pode instalar-se de forma lenta e progressiva, aos 60 anos de idade, e 10% dos casos ocorram antes dos 40 anos (parkinsonismo de início precoce) ou ainda em menores de 21 anos (parkinsonismo juvenil).

Pode afetar todos os sexos e raças e pode iniciar em um lado do corpo. No geral, o paciente percebe que o movimento está difícil e vagaroso e pode atrapalhar tarefas habituais. Além disso, pode piorar de intensidade e afetar o outro membro do mesmo lado e depois de alguns anos o outro lado do corpo. Ainda é possível ter dificuldade para andar e alterações da fala.

Diagnóstico do Parkinson

O diagnóstico é clínico e deve ser feito por um médico neurologista, que sabe diferenciar de outras doenças neurológicas.

É feito também, exames complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética entre outros.

Tratamento do Parkinson

Os sintomas da Doença de Parkinson são tratáveis, e os sinais e sintomas respondem bem as medicações.

No entanto, os medicamentos são sintomáticos e põem parcialmente a dopamina que falta.

Entretanto, não existem drogas disponíveis para curar ou evitar a progressão da degeneração de células nervosas, mas possuem medicamentos antiparkinsonianos disponíveis, que precisa ser administrado no paciente conforme a fase de evolução da doença.

Existem também técnicas cirúrgicas para atenuar os sintomas, mas somente é indicado quando os medicamentos não controlam.

Com o tratamento é feito uso de medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional para garantir ao paciente uma vida independente. Por meio do tratamento a ideia é diminuir o prejuízo funcional decorrente da doença, porém, para melhor orientação, procure um neurologista.


siringomielia fisiatria

Siringomielia: O Que É, Causas e Tratamentos

A siringomielia é uma doença do sistema nervoso central, e tem como características a degeneração da medula espinhal.

Esta doença crônica, evolui de forma lenta e progressiva e pode iniciar antes dos trinta anos. A doença é definida como uma cavidade no interior da medula espinhal com líquido semelhante ou idêntico ao líquor.

Nas pessoas normais na sístole cardíaca, as tonsilas cerebelares e a medula espinhal são deslocadas com o líquor e voltam para posição inicial na diástole.

Se existe a malformações da transição craniocervical, a circulação liquórica na transição craniocervical é alterada. Com isto existe a diminuição dos espaços e ainda a quantidade de velocidade do líquor são alteradas.

O que é a siringomielia?

Esta doença crônica pode gerar fraqueza muscular e perda da capacidade sensitiva.

A cavidade que se forma apresenta aspecto alongado e pode ser encontrada nas porções baixas do encéfalo.

Na posição central destrói centros nervosos e atrapalha passagem de fibras nervosas. De acordo a extensão e a localização da cavidade é possível afetar as fibras nervosas com relação às respostas motoras. Caso seja interrompidas as fibras, ocorre à deficiência dessa função.

Causas e sintomas

As causas podem ocorrer devido trauma, tumor, infecção, fixação da coluna vertebral na região lombar por doenças congênitas, como espinha bífida, meningocele e mielomeningocele. Entretanto, a maioria dos casos a causa é desconhecida.

O quadro clínico se desenvolve aos poucos, com isto a pessoa pode perder a sensibilidade ao calor, ou o tato começa a desaparecer.

Existem casos onde os membros superiores são afetados e pode garantir o prejuízo e a perda da sensibilidade dolorosa e consequentemente à térmica e a tátil. Existem casos que os portadores de siringomielia se queimam ou se machucam, e nem percebem.

Com o comprometimento sensitivo existem alterações motoras e fraquezas e atrofias e até dificuldade de movimentação dos membros e dos reflexos musculares.

Existem casos com trofias nas mãos e nos braços, mudanças das unhas (quebradiças) mudança na sudorese e ainda à pele ficam seca e facilmente se ulcera. Caso seja na coluna lombar pode aparecer anormalidades semelhantes aos membros inferiores.

Se a lesão ficar na região encefálica pode comprometer os nervos cranianos e ainda causar alterações do equilíbrio, da mastigação e dos movimentos oculares.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pela semelhança de tais sintomas com doenças neuromusculares.

Existem casos que os exames subsidiários não são conclusivos. Já o resultado do exame do líquido cefalorraquidiano (liquor) geralmente é normal, e a radiografia contrastada da médula (pneumomielografia) também pode ser.

Com isto o diagnóstico é clínico e nem sempre definitivo.

Tratamento

O tratamento da siringomielia é feito com radioterapia e à descompressão cirúrgica da medula.

Através da cirurgia é possível garantir mais espaço para o cerebelo na base do crânio e a parte superior do pescoço.

Com isto, permite que a cavidade primária se aplane ou desapareça. Com a cirurgia é possível estabilizar os sintomas ou melhorar ligeiramente na maioria dos pacientes. Quando existe um atraso no tratamento, é possível causar danos irreversíveis à medula espinhal.

 


pregabalina dor

Pregabalina para fibromialgia

Lyrica (pregabalina) é um medicamento aprovado pela FDA para fibromialgia e outras dores crônicas e neuropáticas. Fibromialgia é uma doença crônica que provoca a longo prazo, dor muscular generalizada e mialgia, problemas para dormir, fadiga, insônia e cansaço.

A pregabalina não é um antidepressivo. Pelo contrário, é uma droga que tem como alvo os sinais nervosos. O medicamento tem sido muito utilizado para aliviar a dor do nervo (neuropática) em pacientes com neuropatias pós-herpéticas e polineuropatia diabética. Ele também é usado para tratar crises convulsivas parciais.

Acredita-se que a dor da fibromialgia é causada por alterações relacionadas com o nervo, que causam as células nervosas a disparar muitos sinais. Isso torna uma pessoa excessivamente sensível aos estímulos que normalmente não são dolorosos.

Não há certeza exatamente como Lyrica melhora os sintomas da fibromialgia, mas pesquisas de laboratório sugerem que a Lyrica ajuda a diminuir o número de sinais nervosos (impulsos), e como resultado, acalmam as  células nervosas excessivamente sensíveis. Isso resulta em alívio da dor em pacientes com fibromialgia.

Mecanismo de ação dos anti-convulsivantes para dor

Gabapentina (Neurontin) e pregabalina (Lyrica, Prebictal) compõem uma interessante classe de medicamentos para a dor crônica.

Estas drogas diferem estruturalmente e mecanicamente de outros analgésicos e também têm eficácia em ensaios clínicos randomizados para as crises de epilepsia e transtornos de ansiedade.

Estudos concluíram que estas drogas não são gabaérgicas e em vez disso, reduzir a liberação estimulada de transmissores por ligação às proteínas de alfa2-delta (CaVa2-d) de canal de cálcio.

Gabapentina e pregabalina compartilham uma alta afinidade para estas proteínas, localizadas particularmente em sinapses.

Essa ligação é necessário e suficiente para dar conta ações de drogas analgésicas, aparentemente causadas pela diminuição da liberação
de neurotransmissores em sinapses.

Evidências da pregabalina

Pregabalina alivia a dor causada por danos aos nervos, ou de uma lesão ou doença.

Anti-epilépticos (tais como a pregabalina) são medicamentos usados para tratar a epilepsia, mas também são eficazes no tratamento da dor.

O tipo de dor que responde bem ao tratamento de pregabalina é dor neuropática (dor causada por danos aos nervos). Isso inclui neuralgia pós-herpética (dor persistente em uma área anteriormente afetada por telhas) e dolorosas complicações do diabetes, bem como fibromialgia.

Apenas uma minoria dos pacientes com estes tipos de dor terá um benefício substancial, e um pouco mais terá benefício moderado.

Com pregabalina doses diárias de 300 mg a 600 mg, a impressão global de avaliação do paciente de mudança grande ou muito muito melhorada foi cerca de 35% na neuralgia pós-herpética, 50% na neuropatia diabética dolorosa e 40% na fibromialgia.

Não há provas que a pregabalina seja eficaz em condições agudas, onde a dor já está estabelecida e em condições crônicas na qual danos ao nervo não são a principal fonte da dor, tais como artrite.


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Enfoque multidisciplinar no Acidente Vascular Encefálico

 

As áreas que os médicos podem trabalhar na reabilitação do acidente vascular encefálico incluem:

 

Músculos e nervos

O acidente vascular encefálico (AVC) pode afetar apenas um lado ou uma parte do corpo, nesse caso o paciente fica paralisado ou fraco no lado afetado. Por causa disso é preciso ter muito cuidado, pois o paciente fraco pode correr o risco de cair e sofrer hematomas mais facilmente. Se o problema é esse o fisioterapeuta e terapeuta ocupacional especializado irá ajudar, esses profissionais irão ajudar o paciente a reaprender algumas coisas como: andar, como comer, tomar banho, entre outras coisas.

Também vão trabalhar com o paciente o alongamento e fortalecimento dos músculos, mas tudo vai depender do paciente e do que ele precisa.

 

Memória, fala e linguagem

Depois de um AVC algumas pessoas ficam com dificuldade de falar ou de memória, geralmente as pessoas tentam, mas não conseguem encontrar as palavras certas ou não conseguem montar frases completas. Outras pessoas já têm dificuldade em descobrir o significado das palavras e não conseguem ter pensamentos claros ou se lembrar de algo.

Ainda tem as pessoas que conseguem lembrar e montar frases, mas precisam de ajuda de fonoaudiólogos para superar o desafio de falar corretamente e as pessoas entenderem. Muitas vezes o paciente volta a ser criança e precisa de ajuda para falar direito, sem comer nenhuma vocal ou consoante.

 

Alterações de continência urinária

Esse talvez é um dos problemas mais chatos e constrangedores, muitas pessoas que sofrem AVC e ficam com incontinência urinária e/ou fecal precisam usar fraldas para não acontecer nenhum acidente. O trabalho do médico nesse caso é bem intenso, as pessoas que perdem o controle das funções do intestino e bexiga estão assim por causa do dano sofrido em determinados músculos e nervos.

Os especialistas podem fazer esse tratamento e ajudar a manter o controle sobre esses músculos tão necessários. Também existem medicamentos para tratar essa área específica.

 

Problemas emocionais

É fato que uma pessoa que sofre AVC e tem grandes sequelas fica abalada emocionalmente, principalmente dependendo do problema que ficou. Se era uma pessoa muito ativa que gostava de mexer e trabalhar muito e ficou com dificuldade nos movimentos ou até um lado paralisado, o emocional dessa pessoa é completamente abalado. Esse é só um dos muitos exemplos que podem fazer a pessoa se sentir mal com tudo o que esta passando. Por isso a reabilitação nessa área é muito importante, a recuperação pode ser muito lenta e por isso frustrante, o humor do paciente pode mudar rapidamente e o comportamento também.

É natural sentir deprimido, assustado e ansioso, por isso é necessário o tratamento com psicoterapeuta, o paciente pode fazer consultas particulares ou até participar de grupos de apoio a vítimas de derrame. Esse tipo de tratamento é muito bom e ajuda bastante.

 

Problemas alimentares

Muitas vezes o paciente que sofreu AVC tem dificuldade de engolir, engasga com facilidade e tosse com mais frequência enquanto come. Por isso é necessário o trabalho para reabilitar essa área e solucionar o problema, o especialista que pode cuidar dessa área é o fonoaudiólogo.

 

Esses são alguns programas de reabilitação após o AVC, existem muitos outros, mas tudo vai depender do problema que o acidente vascular cerebral causou. Se você sofreu AVC, seu familiar ou conhecido, é importante começar a procurar um tratamento, não deixe de fazer a reabilitação, muitas vezes você voltará a ter uma vida normal. É preciso se preocupar ainda mais com a saúde depois de passar por um problema como esse.

Conclusão

Procure ajuda, converse com seu médico e encontre uma clinica ou hospital que disponibiliza o programa de reabilitação após o AVC em sua cidade. Só não deixe de fazer o tratamento, ele é preciso e vai ajudar a melhorar a auto estima do paciente que provavelmente está muito baixa depois de sofrer com esse problema.

 

 

 

 


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Dor aguda e Dor crônica

 

A dor é algo que tem um impacto muito grande na vida das pessoas, sempre negativo. A qualidade de vida de quem sente dor e até de seus familiares, cai. Quase todas as atividades cotidianas são afetadas e, dependendo da intensidade e duração, pode afetar até mesmo a saúde mental.

Por isso, as organizações mundiais referentes à saúde entendem que não sentir dor é um direito de todas as pessoas e pacientes. E por isso, muitos hospitais já tem equipes especializadas para conseguir isso.

Existem principalmente dois tipos de dores: a dor aguda e a dor crônica. Dentro desses dois tipos há várias formas que a dor pode se apresentar de várias formas: cortante, contínua, pulsátil, perfurante e difusa. Diferenciar o tipo de dor e como ela se apresenta, além de sua origem é fundamental para que o médico consiga fechar um diagnóstico e saber qual o melhor tratamento para o seu paciente. Para facilitar, a dor também foi classificada como nociceptiva, neuropática e psicossomática, levando em conta a causa e a origem.

 

Os tipos de dor

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Dor crônica

A dor crônica se caracteriza principalmente por ser uma dor prolongada, que pode durar até seis meses ou mais. Ela geralmente tem uma causa difícil de ser descoberta. Ela costuma causar muito sofrimento, pode se manifestar com muitas características diferentes e gera diversos estados patológicos.

A dor crônica pode ser neuropática, nociceptiva, psicossomática (psicológica) e idiopática. Ela costuma ser muito destrutiva, degradando aos poucos a qualidade de vida de quem a tem. Pode alterar suas capacidades funcionais, assim como afetar o bem-estar psicológico e espiritual, o sono e o apetite. Interfere negativamente nas relações interpessoais, muitas vezes resultando no afastamento social da pessoa, e pode levar a depressão. Segundo os especialistas, ela pode se apresentar como sendo contínua ou intermitente.

Pesquisas realizadas na Europa mostram os pacientes que possuem dor crônica sofrem algum tipo de deficiência física, social ou psicológica em sua vida. Cerca de dois terços deles têm menor capacidade de dormir ou são completamente incapazes de fazer isso naturalmente. Aproximadamente 60% não conseguem trabalhar fora de casa ou tem sua capacidade para isso diminuída. Pelo menos um em cada cinco pessoas com dor crônica apresentaram depressão por conta da dor. E 50% confirmaram ter reduzida capacidade de manter relações familiares, sociais ou sexuais.

 

Dor aguda

Trata-se de uma dor que surge depois de uma lesão. Ela é autolimitada e geralmente desaparece depois que a lesão é curada. Em alguns casos a dor aguda é considerada muito benéfica pois serve como um alerta para quem a sente. Ela está associada a uma resposta ao estresse, com aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial, contração muscular local e midríase.

Quando não é tratada, a dor aguda causa uma resposta hormonal com alterações que podem ser circulatórias e metabólicas. Podem surgir taquicardia, taquipneia, aumento da pressão, aumento da atividade do sistema nervoso simpático. Isso pode conduzir ainda a libertação de corticosteroides e à alteração da resposta imunológica. Além disso, a dor aguda costuma ser agravada por que causa espasmos musculares reflexos secundários e uma grande ansiedade. Por isso, os especialistas recomendam que as dores agudas sejam tratadas imediatamente e de forma enérgica.

A dor aguda é considerada uma resposta fisiológica normal e previsível a um estímulo que seja prejudicial e nocivo. Ela costuma ser facilmente localizada e sua intensidade vai depender muito do que a causou. Comparada com a dor crônica, sua duração é curta e limitada, desaparecendo junto com o fim da lesão que a causou, ou quando esta é curada. No geral, ela é considerada uma dor com função protetora e de alerta pois indica que existem problemas e lesões. É um tipo de dor que as pessoas querem evitar e por isso ela cria uma reação que faz as pessoas se prevenirem de situações que podem levar a lesão.

Dor nociceptiva

A dor nociceptiva é a dor geralmente causada por uma lesão ou danos. Nela, os nociceptores, que são nossos sensores da dor, são ativados. Eles detectam estímulos da dor e transmite ao sistema central. Quando essa dor emana da pele, dos ossos, das articulações, dos músculos ou dos tecidos conjuntivos é classificada como dor somática. Ela costuma ter uma natureza cortante e geralmente mais fácil de localizar do que outros tipos de dores.

Já as dores que tem como origem nossos órgãos internos – caso da apendicite e do ataque biliar – é chamada de dor visceral. Essa já é uma dor mais complicada de se lidar pois geralmente é contínua, vaga e bastante difícil de se localizar.

Dor neuropática

A dor neuropática é provocada por uma lesão ou uma perturbação funcional no próprio nervo. Geralmente ela se parece com uma queimadura, cortante como um choque elétrico. A dor neuropática costuma surgir em situações onde há perturbações metabólicas, como é o caso da diabete, ou quando há a presença de doenças infecciosas.

 

Dor psicossomática

A dor psicossomática não é baseada em nenhuma causa orgânica. Ela é um tipo de dor provocada por problemas psicológicos e situações problemáticas que o paciente apresenta em sua vida. Por isso, ela é difícil de ser detectada e tratada. É preciso investigar a fundo e descartar qualquer possibilidade de problema orgânico para se determinar que uma dor é psicossomática.

 

Dor idiopática

A dor idiopática é aquela que a causa não consegue ser estabelecida. Os médicos só a usam quando realmente desconhecem completamente a causa da dor, mesmo depois de feita uma investigação. Ele não encontra provas de que exista uma doença ou mesmo uma causa psicológica.

 

Como são feitos os controles da dor

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) que o tratamento da dor deve levar em conta toda a situação clínica do paciente, seu histórico de saúde e deve se ajustar às suas necessidades.

Dessa forma, a dor crônica precisa ser tratada levando em conta a frequência que surge no paciente e com intervalos de tempos regulares. As doses de medicamentos devem ser administradas com frequência e doses adicionais podem ser dadas no momento de crises maiores ou agravamentos. O objetivo no tratamento da dor crônica é a redução total da dor. Quando isso não for possível, deve-se ao menos iniciar o tratamento o mais cedo possível para prevenir algo que a medicina chama de “memória da dor”. Esse é um fenômeno em que o paciente acredita na persistência da dor mesmo depois que a lesão já está curada.

Como a dor crônica é muito complexa, ela exige muitos tipos de abordagens diferentes e mesmo complementares. É comum combinar tratamentos físicos, psicológicos além de terapêutica farmacológica. Isso significa que é possível combinar vários medicamentos para o tratamento da dor. Os analgésicos são escolhidos dependendo da gravidade da dor. Geralmente são usados medicamentos não-opióides também chamados de analgésicos de ação periférica justamente por apresentarem efeitos periféricos.

Já nos casos de dor mais grave, os especialistas recomendam usar analgésicos de ação central, já que eles apresentam principalmente um efeito centrar, que age no cérebro ou na medula espinal. Também podem ser usados os analgésicos adjuvantes se o médico achar adequado. Esse tipo de analgésico são remédios cujo indicação principal não é o alívio da dor, mas acabam por ter um efeito analgésico. É o caso, por exemplo, dos antidepressores.

A dor aguda já exige outro tipo de tratamento. Ela pode ser tratada com opióides, sendo que existe uma redução da dose conforme o tratamento avança. Também é possível usar anti-inflamatórios não-esteroides, que são indicados principalmente para dores ligeiras e moderadas. A principal forma de reduzir a dor aguda é a remoção ou cura do agente que a causa. Mas existem situações onde é necessário o uso de analgésicos imediatamente, mesmo antes de ser feito um diagnóstico mais preciso ou a remoção da causa, para aliviar a dor do paciente.

Atualmente há também outras formas de ajudar no alívio da dor, seja ela crônica ou aguda. A Acupuntura é um desses tratamentos que pode ser feitos paralelamente com os tratamentos tradicionais. A acupuntura tem como objetivo o equilíbrio do corpo e com isso, ajuda a aliviar possíveis dores ou abrandando seus sintomas.