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Enfoque multidisciplinar no Acidente Vascular Encefálico

 

As áreas que os médicos podem trabalhar na reabilitação do acidente vascular encefálico incluem:

 

Músculos e nervos

O acidente vascular encefálico (AVC) pode afetar apenas um lado ou uma parte do corpo, nesse caso o paciente fica paralisado ou fraco no lado afetado. Por causa disso é preciso ter muito cuidado, pois o paciente fraco pode correr o risco de cair e sofrer hematomas mais facilmente. Se o problema é esse o fisioterapeuta e terapeuta ocupacional especializado irá ajudar, esses profissionais irão ajudar o paciente a reaprender algumas coisas como: andar, como comer, tomar banho, entre outras coisas.

Também vão trabalhar com o paciente o alongamento e fortalecimento dos músculos, mas tudo vai depender do paciente e do que ele precisa.

 

Memória, fala e linguagem

Depois de um AVC algumas pessoas ficam com dificuldade de falar ou de memória, geralmente as pessoas tentam, mas não conseguem encontrar as palavras certas ou não conseguem montar frases completas. Outras pessoas já têm dificuldade em descobrir o significado das palavras e não conseguem ter pensamentos claros ou se lembrar de algo.

Ainda tem as pessoas que conseguem lembrar e montar frases, mas precisam de ajuda de fonoaudiólogos para superar o desafio de falar corretamente e as pessoas entenderem. Muitas vezes o paciente volta a ser criança e precisa de ajuda para falar direito, sem comer nenhuma vocal ou consoante.

 

Alterações de continência urinária

Esse talvez é um dos problemas mais chatos e constrangedores, muitas pessoas que sofrem AVC e ficam com incontinência urinária e/ou fecal precisam usar fraldas para não acontecer nenhum acidente. O trabalho do médico nesse caso é bem intenso, as pessoas que perdem o controle das funções do intestino e bexiga estão assim por causa do dano sofrido em determinados músculos e nervos.

Os especialistas podem fazer esse tratamento e ajudar a manter o controle sobre esses músculos tão necessários. Também existem medicamentos para tratar essa área específica.

 

Problemas emocionais

É fato que uma pessoa que sofre AVC e tem grandes sequelas fica abalada emocionalmente, principalmente dependendo do problema que ficou. Se era uma pessoa muito ativa que gostava de mexer e trabalhar muito e ficou com dificuldade nos movimentos ou até um lado paralisado, o emocional dessa pessoa é completamente abalado. Esse é só um dos muitos exemplos que podem fazer a pessoa se sentir mal com tudo o que esta passando. Por isso a reabilitação nessa área é muito importante, a recuperação pode ser muito lenta e por isso frustrante, o humor do paciente pode mudar rapidamente e o comportamento também.

É natural sentir deprimido, assustado e ansioso, por isso é necessário o tratamento com psicoterapeuta, o paciente pode fazer consultas particulares ou até participar de grupos de apoio a vítimas de derrame. Esse tipo de tratamento é muito bom e ajuda bastante.

 

Problemas alimentares

Muitas vezes o paciente que sofreu AVC tem dificuldade de engolir, engasga com facilidade e tosse com mais frequência enquanto come. Por isso é necessário o trabalho para reabilitar essa área e solucionar o problema, o especialista que pode cuidar dessa área é o fonoaudiólogo.

 

Esses são alguns programas de reabilitação após o AVC, existem muitos outros, mas tudo vai depender do problema que o acidente vascular cerebral causou. Se você sofreu AVC, seu familiar ou conhecido, é importante começar a procurar um tratamento, não deixe de fazer a reabilitação, muitas vezes você voltará a ter uma vida normal. É preciso se preocupar ainda mais com a saúde depois de passar por um problema como esse.

Conclusão

Procure ajuda, converse com seu médico e encontre uma clinica ou hospital que disponibiliza o programa de reabilitação após o AVC em sua cidade. Só não deixe de fazer o tratamento, ele é preciso e vai ajudar a melhorar a auto estima do paciente que provavelmente está muito baixa depois de sofrer com esse problema.

 

 

 

 

Médico Especialista em Fisiatria e Dor | + posts

Médico formado pela Santa Casa de São Paulo, com Residência Médica em Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria) pela Universidade de São Paulo. Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no Departamento de Neurologia. Especialização em Acupuntura Médica pelo Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa (CEIMEC), e Área de Atuação em Dor pela Universidade de São Paulo. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA). Ex-Diretor do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Membro da Câmara Técnica de Acupuntura do CREMESP. Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED).


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