A siringomielia é uma doença do sistema nervoso central, e tem como características a degeneração da medula espinhal.
Esta doença crônica, evolui de forma lenta e progressiva e pode iniciar antes dos trinta anos. A doença é definida como uma cavidade no interior da medula espinhal com líquido semelhante ou idêntico ao líquor.
Nas pessoas normais na sístole cardíaca, as tonsilas cerebelares e a medula espinhal são deslocadas com o líquor e voltam para posição inicial na diástole.
Se existe a malformações da transição craniocervical, a circulação liquórica na transição craniocervical é alterada. Com isto existe a diminuição dos espaços e ainda a quantidade de velocidade do líquor são alteradas.
O que é a siringomielia?
Esta doença crônica pode gerar fraqueza muscular e perda da capacidade sensitiva.
A cavidade que se forma apresenta aspecto alongado e pode ser encontrada nas porções baixas do encéfalo.
Na posição central destrói centros nervosos e atrapalha passagem de fibras nervosas. De acordo a extensão e a localização da cavidade é possível afetar as fibras nervosas com relação às respostas motoras. Caso seja interrompidas as fibras, ocorre à deficiência dessa função.
Causas e sintomas
As causas podem ocorrer devido trauma, tumor, infecção, fixação da coluna vertebral na região lombar por doenças congênitas, como espinha bífida, meningocele e mielomeningocele. Entretanto, a maioria dos casos a causa é desconhecida.
O quadro clínico se desenvolve aos poucos, com isto a pessoa pode perder a sensibilidade ao calor, ou o tato começa a desaparecer.
Existem casos onde os membros superiores são afetados e pode garantir o prejuízo e a perda da sensibilidade dolorosa e consequentemente à térmica e a tátil. Existem casos que os portadores de siringomielia se queimam ou se machucam, e nem percebem.
Com o comprometimento sensitivo existem alterações motoras e fraquezas e atrofias e até dificuldade de movimentação dos membros e dos reflexos musculares.
Existem casos com trofias nas mãos e nos braços, mudanças das unhas (quebradiças) mudança na sudorese e ainda à pele ficam seca e facilmente se ulcera. Caso seja na coluna lombar pode aparecer anormalidades semelhantes aos membros inferiores.
Se a lesão ficar na região encefálica pode comprometer os nervos cranianos e ainda causar alterações do equilíbrio, da mastigação e dos movimentos oculares.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela semelhança de tais sintomas com doenças neuromusculares.
Existem casos que os exames subsidiários não são conclusivos. Já o resultado do exame do líquido cefalorraquidiano (liquor) geralmente é normal, e a radiografia contrastada da médula (pneumomielografia) também pode ser.
Com isto o diagnóstico é clínico e nem sempre definitivo.
Tratamento
O tratamento da siringomielia é feito com radioterapia e à descompressão cirúrgica da medula.
Através da cirurgia é possível garantir mais espaço para o cerebelo na base do crânio e a parte superior do pescoço.
Com isto, permite que a cavidade primária se aplane ou desapareça. Com a cirurgia é possível estabilizar os sintomas ou melhorar ligeiramente na maioria dos pacientes. Quando existe um atraso no tratamento, é possível causar danos irreversíveis à medula espinhal.
Médico formado pela Santa Casa de São Paulo, com Residência Médica em Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria) pela Universidade de São Paulo. Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no Departamento de Neurologia. Especialização em Acupuntura Médica pelo Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa (CEIMEC), e Área de Atuação em Dor pela Universidade de São Paulo. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA). Ex-Diretor do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Membro da Câmara Técnica de Acupuntura do CREMESP. Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED).
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